ATA DA SEGUNDA SESSÃO
ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA,
EM 05-02-2015.
Aos cinco dias do mês de
fevereiro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Airto
Ferronato, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Elizandro
Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Jussara Cony, Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Mônica Leal,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Professor Garcia, Reginaldo
Pujol, Rodrigo Maroni e Séfora Gomes Mota. Constatada a existência de quórum, o
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dr.
Thiago, Engº Comassetto, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa,
Mario Manfro, Nereu D'Avila, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir
Canal. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofício nº 001/15, de Sérgio Cechin, Presidente
da Câmara Municipal de Santa Maria – RS –; Ofício nº 001/15, de Cátia Belmonte,
Presidente da Câmara Municipal de Maçambará – RS –; Ofício nº 001/15, de Jane
Deniz de Melo Gomes, Presidente da Câmara Municipal de Capão do Leão – RS –;
Ofício nº 002/15, de Sérgio Franchini, Presidente da Câmara Municipal de
Cachoeira do Sul – RS –; e Ofício nº 007/15, de Émerson de Moraes Ramos,
Presidente da Câmara Municipal de Itaqui – RS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, manifestou-se
Jussara Cony. Em
COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se Mônica Leal, em tempo cedido por Guilherme Socias
Villela, Professor Garcia, em tempo cedido por Idenir Cecchim, Reginaldo Pujol,
João Carlos Nedel, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Alberto Kopittke,
Rodrigo Maroni, Márcio Bins Ely, Delegado Cleiton, Engº Comassetto e Alceu
Brasinha. Na ocasião, por solicitação de Reginaldo Pujol, foi realizado um
minuto de silêncio em homenagem póstuma a Marcus Vinicius Falcão Ferreira. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se
Bernardino Vendruscolo, Tarciso Flecha Negra, Cassio Trogildo, Mônica Leal,
Marcelo Sgarbossa, Mônica Leal, Delegado Cleiton, Clàudio Janta e Alberto
Kopittke. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Alberto
Kopittke, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em
PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, estiveram os Projetos de Lei
Complementar do Legislativo nos 028 e 029/14, o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 016/14, os Projetos de Lei do Legislativo nos
229, 248, 251, 253 e 257/14, o Projeto de Lei do Executivo nº 042/14 e o
Projeto de Resolução nº 038/14. Às dezesseis horas e trinta e dois minutos, o
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima segunda-feira, à
hora regimental. Os trabalhos foram presididos por Mauro Pinheiro e Paulo Brum
e secretariados por Delegado Cleiton. Do que foi lavrada a presente Ata, que,
após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª
Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, antes de entrar na temática que me traz ao tempo
de Liderança, quero fazer uma referência à reunião presidida por V. Exa., hoje
pela manhã, com várias Lideranças desta Casa, com o Sindicato dos Municipários.
A Câmara Municipal deu um passo importante sob a sua coordenação.
Quero destacar a
participação efetiva dos Vereadores Kevin Krieger, Ferronato, Janta, Fernanda e
Alex, que fazem parte da Frente Parlamentar em Defesa do Servidor e do Serviço
Público.
Demos um passo
importante na busca de que esta Casa receba, após as articulações políticas com
a Prefeitura Municipal, o Simpa e a Câmara Municipal, um projeto que dê conta
da garantia dos direitos dos municipários, na sua isonomia, no seu plano de
carreira e no sentido de que nós possamos contribuir, dessa maneira, de uma
forma muito elevada, com a gestão da cidade de Porto Alegre e com aqueles que
dão conta da gestão que são os nossos queridos servidores públicos.
Então, parabéns,
Presidente, acho que V. Exa. conduziu muito bem. Temos uma agenda importantíssima
para cumprir de agora até o dia 5 de março.
Eu queria me dirigir
a todos os meus colegas e dizer do contentamento que tenho, como Líder do
PCdoB, por receber o Rodrigo Maroni como meu companheiro.
Quem faz a política
no alto nível, quem faz a política visando mais e mais para a nossa Nação, para
o nosso Município de Porto Alegre... Somos líderes não por nós mesmos; cada um
de nós é um líder daqueles que confiaram em nós, e esses que em nós confiaram
são os verdadeiros líderes lá na ponta para que nós possamos, aqui nesta Casa,
fazer a política alta, a política que transforme, a política que una homens e
mulheres, na busca de uma nova, solidária e libertária sociedade que eu
acredito seja, um dia, a sociedade socialista.
Eu recebo o Maroni,
do meu lado, com muito entusiasmo, com muito carinho, com muita confiança.
Ontem, ele veio aqui no nosso tempo de Liderança da nossa Bancada e falou sobre
os seus propósitos. Os propósitos do Maroni estão inseridos exatamente nessa
política maior, olhando a diversidade da sociedade brasileira e como nós temos
que entender essa diversidade como a maior riqueza, a diversidade humana
cultural como a maior riqueza desta Nação.
Com certeza ele vai trabalhar mais articulado com a Ver.ª Lourdes, que já trabalha essa questão dos animais, e vai trazer um aporte importante. O Maroni é um jovem, o Maroni é um homem, o Maroni é um ser político que vem para esta Casa exatamente para abrir um pouco mais este olhar nosso sobre as diversidades. E eu quero, Maroni, te dizer que fiquei muito emocionada quando tu disseste que vais te dedicar aos idosos e às crianças com câncer. Tu sabes por quê. Não estou legislando em causa própria, mas estou dizendo para tu continuares olhando com esse olhar amoroso, solidário, político, este olhar de quem vai fazer acontecer. Para a questão dos idosos tu vais ter muito o que fazer e tu vais ter parceiros e parceiras aqui, porque a violência que atinge os idosos é enorme. Eu já quero te dizer que quero muito que tu olhes com mais carinho ainda para a questão das mulheres idosas.
Nós vamos fazer,
agora, em torno do dia 8 de março, o Seminário “Saúde, um bem que se quer”, da
Comissão de Saúde, trabalhando a política de atenção integral à saúde da
mulher; a saúde da mulher e suas diversidades, porque nós somos diversas, como
os homens também. Eu quero o teu carinho, a tua atenção, a tua política, essa
tua garra, exatamente, para nós trabalharmos nesse Seminário, já olhando a
questão da mulher idosa, porque nós somos diferentes na nossa saúde também.
A segunda questão, tu
sabes que o Matheus Cony, meu neto, um jovem - assim como tantos jovens e
tantas crianças –, fez a sua passagem pela leucemia. Nós construímos aqui a
Semana Municipal da Doação de Medula Óssea, e o maior índice de leucemia, de
câncer, hoje neste País - tem dados impressionantes -, são as crianças e os
jovens.
Então eu quero
finalizar dizendo, Maroni, que em relação a essa questão a parceria é intensa,
esta Casa foi muito parceira e tu terás muito a fazer. Porque é diferente, se
eu, aos 72 anos, tenho um câncer; e é diferente uma criança de dois anos ter um
câncer. A dor é muito maior, porque se perde a perspectiva de uma vida. E há
muito o que fazer nesse campo. Então, em meu nome e em nome do nosso Partido,
eu te recebo com aquilo que tu despejas à tua volta: amizade - que, segundo
Mario Quintana, é a mais elevada forma de amor. E é o amor que nós precisamos,
dedicado a fazer essa política no nível que tu chegas para fazer. Sinto-me
honrada por estar ao teu lado. É isso!
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos às
O Ver. Clàudio Janta
está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. A Ver.ª Mônica Leal está
com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Guilherme Socias Villela.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Ver.
Mauro Pinheiro; Vereadores e Vereadoras, colegas, retomando os trabalhos, no
ano de 2015, eu não poderia deixar de fazer um registro, na minha chegada,
sobre um tema que é tão comum na minha vida de jornalista, na minha vida
política, que é a segurança pública. Eu acompanhei, entre surpresa e
estupefata, as notícias sobre a questão do Comissário de Polícia Nilson Aneli,
suspeito de fazer segurança para o traficante Gordo Xandi. Ora, num momento em
que o povo gaúcho está clamando por segurança e toda a sociedade está acuada
com o avanço da criminalidade, eu leio, estupefata, notícias, e não é esta jornalista que conta para
vocês, mas todos os jornais apontam que a Corregedoria indicia o comissário.
Li, reli e fiquei entre surpresa e chocada. O que esperar da Segurança quando o
ex-Secretário de Segurança do Rio Grande do Sul teve como chefe da sua
segurança um suspeito de fazer a segurança de um traficante? É o fim do mundo,
é o fim do túnel. Estamos em risco. E aí eu escuto que o ex-Secretário de
Segurança se diz traído. Ora, meus senhores! Traído? Uma autoridade dessa área
não pode se sentir traída por uma razão muito simples: existe o Serviço de
Inteligência e eu faço questão de ler aos senhores e às senhoras, porque não é
da minha cabeça sobre o que é e o que faz o Serviço de Segurança dessa área: “O
Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos é um órgão em nível de
departamento na estrutura da Polícia Civil, integrante da subsistência, da
inteligência do Estado; compete prestar assistência e assessoramento ao
Gabinete do Chefe de Polícia e coordenar os órgãos de Polícia Civil em matéria
de inteligência, à análise criminal. Este serviço de segurança faz parte do
subsistema de inteligência do Estado do Rio Grande do Sul que trata da
inteligência da Segurança pública”. Então eu não poderia deixar de fazer este
registro porque a situação é mais grave do que eu imaginava. Quando a
realidade, sentida pelo cidadão gaúcho, mesmo que tenhamos assistido, escutado
nos anos passados o ex-Secretário dizer que estava tudo bem, que a segurança
estava ótima, mesmo quando houve a morte daqueles taxistas - eu anotei aqui -
que ele diziza que era pontual, aquilo era uma questão pontual... Não era, não!
E sabem por quê? Vou dizer para vocês que Porto Alegre é líder nacional em
homicídios, na ordem de 30 homicídios para cada cem. A situação é muito grave.
Eu ocupo esta tribuna para fazer este registro de surpresa e de
indignação ao ler esse tipo de notícia: que um ex-Secretário de Segurança tenha
tido, na sua Segurança, esse tipo de situação. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, com a devida vênia, na semana que
passou, quando nós ainda estávamos em recesso, nós registramos o falecimento do
Sr. Marcus Vinicius Falcão Ferreira, servidor público aposentado, que trabalhou
por longos anos no Departamento Municipal de Habitação, foi coordenador da 1ª
Região Tradicionalista aqui no Rio Grande do Sul; tanto eu como o Delegado Cleiton,
ainda em setembro, privamos intensamente com ele e, de repente, não está mais
conosco. Então, queríamos – tenho certeza que o Ver. Delegado Cleiton subscreve
comigo – requerer que a Casa preste um minuto de silêncio em homenagem póstuma
ao Marcus Vinicius e que, mais tarde, se comunique à sua família essa
determinação, essa decisão do plenário da Casa.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Deferimos o pedido.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Professor Garcia está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Idenir Cecchim.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
na Reunião Representativa eu trouxe o assunto do aeroporto, e mais ou menos uns
dez dias depois que eu trouxe o assunto, começou, de forma mais incisiva na
imprensa – na oportunidade ainda não havia assumido o Eliseu Padilha como
Ministro da Aviação Civil –, de forma mais intensa, a notícia de que o
Aeroporto Salgado Filho não teria mais a sua ampliação. E nesta última semana
cogita-se novamente a ampliação do Aeroporto Salgado Filho. Lembro-me bem que
no ano de 2004 criamos aqui uma Comissão Especial para tratar da ampliação do
Aeroporto Salgado Filho, da qual fui o relator. Quero lembrar um detalhe importante:
em 2002, o Aeroporto Salgado Filho teve inauguradas as novas instalações pelo
então Presidente Fernando Henrique Cardoso. Dois anos depois, aqui nesta Casa,
estávamos tratando da ampliação, porque, na realidade, aquela reinauguração
nada mais foi do que uma maquiagem no prédio, pois em termos de infraestrutura
não houve nenhum avanço. É sabido que o Aeroporto Salgado Filho tem uma das
melhores logísticas do nosso País. Primeiro, é um aeroporto dentro da área
central da Cidade. Segundo, possui a logística para o Estado do Rio Grande do
Sul e para o Cone Sul, ligando à questão do Mercosul. Quem sair do aeroporto,
indo em direção à região de Pelotas, pode ir ao Chuí, e num espaço de três
quilômetros está a ponte que leva para àquela região. Mas se quero ir para a
região Serrana, em não mais do que três quilômetros tenho acesso àquela região.
Mas não quero ir nem para o Interior, nem para a região Serrana, quero ir para
o Litoral: menos de dois quilômetros. Então ele tem essa facilidade logística.
A necessidade de ampliação é para receber aviões de grande porte, com
possibilidade de o Rio Grande do Sul – especialmente o aeroporto Salgado Filho
– servir de base para cargas. Esses aviões conseguem transportar grandes
volumes e com a ampliação do Salgado Filho se permitiria o escoamento, porque
hoje os aviões maiores têm que ir para São Paulo, fazendo o trajeto por Santos,
ou Florianópolis, o que é uma dificuldade. Então tem que descer em Guarulhos e,
via terrestre, ir a Itajaí. Temos uma distorção no nosso País, criada nas
décadas de 50 e 60, quando o Brasil fez uma opção para que todo o transporte
fosse rodoviário. Correto? Correto sob uma
visão. Só que não podemos criar um modal e destruir outro. Então, toda a nossa
base da questão ferroviária foi esquecida. Na realidade, nós temos que reativar
a questão ferroviária. Mas voltando especificamente ao Salgado Filho, acho que
esta Casa tem o dever e a obrigação de se mobilizar junto ao Prefeito de Porto
Alegre José Fortunati, ao Governador José Ivo Sartori e, através do Governo
Federal, dizer por que Porto Alegre quer o Aeroporto nessa posição. Porque se
nós não nos mobilizarmos, o Salgado Filho vai ficar num segundo plano. E, a
médio e longo prazo, vamos ter um aeroporto em Portão. Nada contra, mas sabemos
que isso leva um grande tempo, e Porto Alegre, por tudo aquilo que eu
expliquei, é o lugar ideal. Todos nós nos envolvemos com a questão da Dique,
cujas famílias saíram daquele lugar e hoje estão melhor alojadas. Há a
desapropriação – grande parte já foi feita – da Vila Floresta. Então, o assunto
está pronto para nós começarmos. Mas é importante que esta Casa se mobilize.
Por isso eu peço a atenção dos Srs. Vereadores para trabalharmos em cima disso.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu conversava há pouco com o Ver. Dinho do Grêmio
a respeito de uma visita que eu como Presidente da Comissão de Educação,
Cultura, Esporte e Juventude, juntamente com o nosso Vice-Presidente, Ver.
Tarciso Flecha Negra, fizemos hoje ao Complexo do Porto Seco, onde fomos muito
bem recebidos pelo presidente da Liga das Entidades Carnavalescas que, de forma
muito gentil, nos apresentou as várias realidades do trabalho
que vem sendo ali realizado e que é algo oculto para a cidade de Porto Alegre.
O Presidente Juarez Gutierres que nos recebeu ali, mostrou-nos a área que está
sendo preparada para saúde, para a segurança pública, para o chamado carnaval
livre, a área externa ao complexo propriamente dito, onde funciona Botequim do
Carnaval, com atrações diárias, sem ônus nenhum para os participantes. Então,
aqueles que gostam de ser protagonistas do carnaval e não apenas expectadores
terão essa possibilidade mais uma vez. Tudo isso, Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, soma-se a um fato que eu considero bastante auspicioso e do qual me
julgo, de certa forma, protagonista: o Vereador-Presidente recebeu, há poucos
dias, a visita do Secretário Municipal da Cultura e com ele culminou a
combinação correta, adequada, justificada, desta Casa nesse evento, que é o
maior da cultura popular brasileira. Ainda que não seja o evento maior da
cultura popular gaúcha, onde, certamente, o Ver. Bernardino Vendruscolo diria,
e eu concordaria com ele, que é o Movimento Tradicionalista Gaúcho. Por tudo
isso, Sr. Presidente, por esses fatos, eu quero, sinceramente, cumprimentar
esse clima que foi estabelecido por parte da coordenação desse evento em que as
entidades que dele fazem parte são extremamente prestigiadas e para as quais é
dado o poder de decisões, diferentemente daqueles carnavais onde se dizia que
todo mundo era índio: desfilava, mas não apitava; participava, mas não decidia.
Aqui, não. Está havendo uma participação, que já vem – quero deixar muito claro
isso – historicamente e nasce essa participação em decisão do Partido dos
Trabalhadores quando era Governo, que entendeu de entregar para a entidade
representativa a organização. Inicialmente foi de forma muito precária, e a
coisa foi se alongando e hoje é intensa, é permanente; inclusive, há
projetos, há prognóstico de se fazer progressivamente um avanço nessa
participação, que deixe de só deliberar, em face da aplicação de recursos públicos,
mas que passe a ser também fonte de captação de recursos para desonerar o
erário municipal.
Por isso, Sr. Presidente, faço esse registro nesta
tarde em que nós estamos aquecendo os tamborins – não para o carnaval, mas para
a atividade legislativa, ontem iniciada. Evidentemente, já tem aqui na Pauta
uma demonstração ampla do que será este semestre com os novos projetos que
iniciam a tramitação e que serão merecedores da nossa atenção e análise, quando
do momento adequado, que é, sem dúvida alguma, o período de discussão
preliminar e discussão em Pauta, que vai acontecer logo mais adiante.
Por enquanto, é isso, Sr. Presidente. Termino
literalmente no seu aviso, respeitando, como sempre faço, o Regimento da Casa.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra em Comunicações.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre
Presidente Mauro Pinheiro, Vereadores e Vereadoras, é a primeira vez, no
retorno aos trabalhos desta Casa, que estou presente na Sessão, já que ontem eu
estava ainda em Recife, porque não pude apanhar o avião anteriormente por
problema de vaga no voo.
Lá em Recife tive oportunidade de visitar a Câmara
de Vereadores, Ver. Mauro Pinheiro, e constatei alguns detalhes. A Câmara lá é
composta de 39 Vereadores; é situada num casarão antigo, prédio tombado, que
tem dificuldades de conservação e também não tem espaço, Ver. Dinho, para os 39
Vereadores. Alguns Vereadores foram realocados em apartamentos, em salas
alugadas, fora da Câmara, uma quadra, duas quadras após. Eu estive visitando
uma única Vereadora do Partido Progressista lá, que é a missionária Michele
Collins, uma religiosa pertencente à Igreja do Ver. Sabino, Assembleia de Deus,
e que tem um trabalho muito bonito lá, nessa área social, nessa área dos
dependentes de drogas; inclusive ela é Presidente de uma ONG e financia seus
custos. É um trabalho muito importante na recuperação de pessoas.
Lá fiquei sabendo que cada Vereador possui, Sr.
Presidente, 22 funcionários por gabinete, e, naturalmente, o subsídio lá é o
atual teto de R$ 15 mil. São 22 funcionários! E aí eu vejo o orgulho que eu
tenho desta Casa, por ter muito cuidado com o dinheiro público, porque ela é
realmente adequada às necessidades e não abusa dos recursos da sociedade.
Quero dar as boas-vindas aos novos Vereadores:
Professor Alex Fraga, Rodrigo Maroni e Dinho, do Grêmio. Quero dizer a vocês
que é muito bom ser Vereador, porque é uma oportunidade que se tem de fazer o
bem, de ajudar a sociedade, os munícipes e a sociedade a crescerem, a se
desenvolverem, a gerarem emprego e também impostos para a nossa sociedade.
Sejam bem-vindos! A sociedade espera muito de vocês – e também, claro, de todos
nós. Realmente quero desejar um mandato muito profícuo dentro do setor, da especialidade
de cada um do seu projeto.
Eu quero falar um pouco sobre o nosso aeroporto.
Para me deslocar para o aeroporto ontem, em Recife, eu levei uma hora dentro da
cidade, porque o trânsito está muito difícil por lá.
E hoje, pela manhã, nós fizemos uma entrevista na
TVCâmara com o Sr. Paulo Renato Menzel, Presidente da Associação Brasileira de
Logística, que nos trouxe dados importantes, impressionantes, que complementam
aquilo que o Professor Garcia falou há pouco.
Nós perdemos em cargas de exportação e importação –
e eu não tinha me dado conta disso! As nossas importações chegam em São Paulo e
de lá vem para cá de caminhão; com as nossas exportações, é a mesma coisa, vão
para São Paulo e de lá por avião.
E ele contou um caso impressionante de um equipamento
sofisticado para a área da saúde, porque Porto Alegre é referência nessa área,
então nós importamos alguns equipamentos de última geração do exterior. Esses
equipamentos vão para São Paulo de avião, e de lá vêm de caminhão, Ver. Dinho,
em uns caminhões especiais que têm um molejamento especial, com ar, e que vêm a
40 quilômetros por hora. Levam de sete a oito dias para chegarem em Porto
Alegre devido a essa velocidade. Vejam o prejuízo que isso traz!
Então, amanhã, terei a honra de estar presente na reunião
do Fórum, juntamente com o Ver. Cassio Trogildo, Presidente da Frente
Parlamentar, sobre o aumento da pista do aeroporto, representando esta Casa. Em
breve, trarei notícias dessa reunião a todos. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
em Comunicações.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, o Ver. Professor Garcia, há pouco, veio a esta
tribuna trazer a sua preocupação com o Aeroporto Salgado Filho. E é louvável;
acho que os Vereadores têm que ver o que podem fazer para dar um suporte
político de apoio ao Prefeito.
Mas eu gostaria de fazer uma observação sobre um
assunto que já apresentei no ano passado ou retrasado aqui desta tribuna e o
divulguei muito. Na imprensa, o Mendelski entendeu o assunto e o divulgou
também na sua coluna, no jornal Correio do Povo, e no seu programa na Rádio
Guaíba. Enfim, nós tivemos alguns retornos, algumas críticas, algumas
sugestões, elogios, como é de costume. Mas eu falo, meus prezados colegas, da
Base Aérea de Canoas. A maioria dos aeroportos brasileiros tem uso
compartilhado. E por que isso é possível? Porque a Base Aérea, evidentemente,
usa os aeroportos para deslocamento, para treinamento. Em períodos de guerra,
nem o Aeroporto Salgado Filho vai funcionar! Nenhum aeroporto do Brasil, nenhum
deles vai funcionar, a não ser com o comando da Força Aérea Brasileira. E vou
repetir – eu não tenho os dados aqui, não estou lembrado – que muitos
aeroportos brasileiros têm o uso compartilhado com a Aeronáutica. Então, o
Aeroporto da Base Aérea de Canoas também tem condições, acompanhando essa
prática, de receber alguma adequação para conseguir dar condições às grandes
aeronaves, Ver. Tarciso. Porque o Aeroporto da Base Aérea tem um outro tamanho,
vamos dizer assim, ele é bem maior em comprimento do que o Aeroporto Salgado
Filho. Então, é só uma questão de adequar as instalações para atender,
excepcionalmente, essas grandes aeronaves que, por ventura, venham aqui para o
Rio Grande do Sul.
Nós ficamos
imaginando, porque em todas as grandes obras – e está comprovado, infelizmente
– há muitos interesses. E não precisamos ficar aqui os pontuando aos senhores
que estão nos assistindo e ouvindo pois vocês sabem do que eu falo.
O Sr. Tarciso
Flecha Negra: (V. Exa. permite um aparte?) Assentimento do orador. Obrigado, Ver.
Bernardino. Tu tens toda a razão. Porque uma das maiores bases aéreas do país é
o Galeão, no Rio de Janeiro, uma cidade onde está toda a força aérea; agora, é
Aeroporto Tom Jobim, era Galeão, mas todo mundo ainda fala Galeão. E tu tens
toda a razão quando tu falas dessa base aérea que nós temos aqui em Canoas. Por
que não?
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: É verdade, nenhum aeroporto de vulto construído
aqui no Rio Grande do Sul terá melhor localização que a Base Aérea de Canoas,
pois o deslocamento para todos os lugares do Rio Grande do Sul poderá ser feito
pela BR 290, 116, ou RS 118, Então nesse quesito não há dúvida que a Base Aérea
de Canoas tem uma melhor localização. E até porque, como disse V. Exa., me
ajude e eu lhe agradeço, um dos maiores aeroportos do Brasil tem uso
compartilhado com as Forças Armadas.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Bernardino Vendruscolo prossegue a sua
manifestação, a partir deste momento, em Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Eu quero trazer um outro assunto muito rapidamente
aqui Presidente. No ano passado, esta Casa, nós, um grupo de Vereadores, mais
especificamente uma Comissão Especial, fez um trabalho exaustivo para tentar
entender, colaborar, ajudar, enfim, nas questões que dizem respeito ao
mobiliário urbano, mais especificamente à falta, Dinho, de placas nas ruas da
Cidade. Nós temos um problema muito sério aqui que, entra ano, sai ano, nós não
conseguimos resolver. Faltam placas nas ruas de Porto Alegre. As nossas paradas
de ônibus são precárias. Então nós aprovamos uma Comissão, depois de muito
debate aqui nesta Casa – demorou dois anos para convenceremos os Pares –, e, no
ano passado, realizamos esse trabalho durante 60 dias. Nas conclusões do nosso
trabalho, nós apresentamos sugestões. O que ocorreu durante o período das
nossas reuniões? Nós convidamos representantes de várias secretarias, Ver.
Tarciso, que tinham Grupos de Trabalho, que hoje, são chamados de GT – para
tudo tem GT! Aqui vieram o GT da SMOV, o GT da SMAM e o GT da SMIC, sendo que
uns se comunicavam, outros não. Enfim, fizemos várias reuniões aqui. Chegamos à
conclusão de que o melhor para o Município seria licitar por partes: primeiro,
licita as paradas de ônibus; depois, as placas de ruas. O que o Executivo
sinalizou naquele momento, através dos tais GTs? Que tinha interesse em fazer
uma grande licitação, inclusive abrindo a possibilidade de participação de
empresas de fora do país para atender essa questão apontada aqui, quanto aos
problemas que estão esperando por soluções dentro do mobiliário urbano.
O mobiliário
urbano é algo muito aberto, muito amplo, então nós focamos, basicamente, em paradas
de ônibus, em placas de sinalizações, sinalizando o deslocamento para este ou
aquele bairro, sendo que Porto Alegre não tem – é uma dificuldade muito grande
para quem chega de fora –, e, também, em placas de nomes de ruas. Gente, quanto
às placas e às paradas de ônibus, é possível colocar isso na Cidade
praticamente sem custo; é só buscar patrocinador, e, assim, vamos ter condições
de resolver esse problema na cidade de Porto Alegre. Mas parece que há um
interesse em fazer uma licitação e em entregar isso – vou voltar a dizer – por
uma grande empresa. Não sei por que cargas d’água esse interesse, essa
insistência em se fazer uma grande licitação. Eu falo porque, até agora, não
foi feito nada. Nós estamos preparando um edital, que vai ser aberto, com a possibilidade
de empresas de fora do país participarem, aquele negócio todo. Isso nos
preocupa muito, primeiro porque essas coisas demoram, e não há necessidade de
enfrentar toda essa demanda de uma única vez. Aliás, ontem, gravando um
programa aqui da TVCâmara, eu citei o seguinte exemplo: cada um de nós, nas
empresas em que trabalhamos, ou nas nossas casas, quando vamos fazer reformas
ou aquisição de móveis, nós o fazemos de acordo com os nossos recursos, fazemos
por partes. Logo, se o Município tem dificuldade financeira e tem outras
dificuldades, não tem por que enfrentar à toa licitação para resolver toda essa
problemática de uma única vez. Então, nós estamos insistindo aqui e apontando
com antecedência, porque, se ocorrer isso, não será bom para o Município. Com
certeza, nós vamos ter empresas entrando na Justiça para questionar o edital, e
por aí vai. E nós vamos entrar, mais uma década, sem placas na cidade de Porto
Alegre. Então, faço esse alerta, porque estou sentindo que vai acontecer isso.
Então, antecipadamente, estou pedindo o apoio dos Vereadores. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa tarde, Presidente, Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste,
venho aqui para dizer que tenho uma preocupação muito grande com essa questão
da água. Mês passado estive no Rio de Janeiro e em Minas, onde nasci, e estou
vendo que aqui no Sul do País, Presidente, não está havendo essa preocupação.
Ontem, eu assisti no Jornal Nacional que há um projeto de lei dos vereadores de
lá que diz que quem for pego lavando a calçada ou o carro será multado em R$
1.000,00. Em Minas está faltando água, assim como em São Paulo e no Rio de
Janeiro. Nós, aqui no Sul, temos muita água, mas ninguém tem a chave da
natureza, essa é a verdade. Se alguém tivesse a chave da natureza que abrisse a
chuva e a fechasse na hora que estivesse em abundância, tudo bem, mas nós não
temos a chave da natureza. E não está havendo essa preocupação, principalmente
em Porto Alegre, onde eu caminho bastante, e tenho visto pessoas lavando
calçadas com água potável, que o Nordeste deseja já há muitos e muitos anos.
Agora, em Minas Gerais, onde havia uma abundância
muito grande de água, a água está sendo racionada, bem como no Rio de Janeiro e
em São Paulo. E por aí vai.
Eu acho que essa conscientização nós, aqui do Sul –
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, principalmente Porto Alegre –,
temos que ter. Como Vereador de Porto Alegre, cidadão, tenho uma preocupação
muito grande, porque, sem a água, nenhum ser vivo na face da Terra vai
sobreviver. Tem que haver uma preocupação.
Eu fiquei muito traumatizado com esse negócio da
água, porque estive na minha cidade, num lugar onde nunca se pensou que ia
faltar água, e está faltando água. Então, comecei, dentro do meu pequeno
apartamento, a me disciplinar, na hora em que vou lavar algumas vasilhas,
usando bem pouca água, e, no banho, fazendo economia; Quanto àquele banho, que
a gente deixa a água bater nas costas, quentinha, o que é maravilhoso, e fica
pensando no que vai fazer amanhã, acho que chegou o momento de todos nos
conscientizarmos, porque ninguém tem a chave da água, a chave da natureza.
E já que a gente tem este presente tão maravilhoso
aqui no Sul, que é a água, vamos cuidar bem dela, economizando, porque é dessa
água que temos que viver, é essa água que será dos nossos filhos e dos nossos
netos. Se não fizermos isso, eu não sei aonde vamos chegar, porque sem a água
não existirá vida. Essa é a minha preocupação. Assim como falei ontem do
diabetes, a minha preocupação também é a água. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra em
Comunicações.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos
acompanha aqui na Câmara e também pela TVCâmara, vou usar este período de
Comunicações para tratar um pouco da questão que continua na ordem do dia da
sociedade gaúcha e porto-alegrense, que é a ampliação da extensão da pista do
Aeroporto Salgado Filho. Nós trabalhamos, aqui, no mês de janeiro, na nossa
Reunião Representativa, e tivemos a aprovação de uma Moção de Apoio desta Casa
pela ampliação da pista do Aeroporto Salgado Filho, imediatamente após um
pronunciamento do Ministro da Aviação de que não seria necessária essa
ampliação. Então, prontamente, esta Casa, vigilante, Ver. Márcio Bins Ely,
aprovou, por proposição deste Vereador, a criação de uma Frente Parlamentar
pela Extensão da Pista do Aeroporto e também uma Moção de Apoio que foi
encaminhada à Sra. Presidente da República, ao Sr. Governador, ao Sr. Prefeito
e ao Ministro da Aviação Civil. Inclusive, Ver. Mauro, já chegou aqui, dirigido
a V. Exa., o retorno do Gabinete da Presidência da República, o recebimento da
Moção de Apoio e dos devidos encaminhamentos que se seguiram.
Eu gostaria de reprisar aqui algumas coisas que
disse durante o mês de janeiro e, efetivamente, sobre essa questão da ampliação
da pista. Ser a favor da ampliação da pista não significa ser contrário à
possibilidade de um segundo aeroporto. As grandes capitais, os grandes estados,
Ver. Cleiton, todos eles têm dois grandes aeroportos. Então, fundamentalmente,
ser favorável, Ver. Alberto Kopittke, à extensão da pista do Aeroporto não
significa ser contrário a um projeto que vai ser desenvolvido e talvez leve 10,
15, 20, talvez até 30 anos para termos um segundo aeroporto, também com as
mesmas condições.
Agora, eu queria reprisar algumas questões
referentes à extensão da pista. Em agosto de 2007, em uma reunião na FIERGS,
nosso ex-Presidente Lula esteve aqui anunciando investimento do PAC no Rio
Grande do Sul, que, na época, era na ordem de R$ 1,6 bilhões, e já estavam incluídos
nesse valor os recursos para a extensão da pista do aeroporto. Isso foi,
inclusive, uma exigência da FIFA para que Porto Alegre fosse sede, uma das
subsedes da Copa do Mundo. E, para isso, Porto Alegre fez um grande esforço
para entregar, desobstruída, a área que tinha ocupação ali de muito tempo, da
Vila Dique. E no dia 21 de janeiro de 2011, a Prefeitura de Porto Alegre
entregou à Infraero e ao Governo do Estado a área completamente desobstruída,
possibilitando que, desde aquele momento, janeiro de 2011, pudessem ser
executadas as obras de extensão. Foram removidas, Ver. Márcio, 922 famílias, e
será necessária a remoção das outras 1.700 para que o aeroporto possa operar
com a pista maior, onde receberemos grandes cargueiros e também grandes aviões
de passageiros. Essas outras 1.700 famílias serão removidas através de projetos
habitacionais que estão em desenvolvimento, todos já em execução, inclusive
também em parceria com o Governo Federal, através do Programa Minha Casa, Minha
Vida. Em agosto de 2011, o Prefeito Fortunati teve uma reunião com o
Superintendente Regional da Infraero para tratar das obras de ampliação da
pista. Em 12 de março de 2013, nesta Casa, houve uma grande audiência pública presidida pelo Ver. João Carlos Nedel,
presidente da Frente Parlamentar pelo Incentivo ao Turismo, em que estiveram
presentes agentes do Governo Federal, gestores do Governo Federal, do Governo
Estadual e do Governo Municipal, na qual houve unanimidade no sentido de que
precisávamos da expansão da pista. Não é possível que nós tenhamos que mandar
as nossas cargas para Campinas a fim de que elas sejam despachadas para
exportação por meio de voos transcontinentais.
Nos deixa muito felizes
que possa ter tido uma reversão da decisão, e que a Infraero já está, inclusive,
tratando com o Prefeito Fortunati do início imediato das obras tão necessárias
desses mais 920 metros...
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio
Trogildo prossegue a sua manifestação, a partir deste momento, em
Comunicação de Líder.
O SR. CASSIO TROGILDO: O Prefeito Fortunati fez um grande esforço e teve reuniões na semana
passada como Presidente da Infraero, que garantiu, depois da mudança de posição
do Ministro da Aviação Civil, Ministro Padilha, voltar atrás por questões de
segurança, então, estão garantindo a expansão dessa pista.
Nós estamos com a Frente Parlamentar já aprovada nesta Casa, estou
passando o Requerimento de criação da nossa Frente Parlamentar para que todos
os Vereadores que tenham interesse possam participar. Gostaríamos que a
unanimidade dos Vereadores desta Casa participem dessa Frente Paramentar, que,
agora, vamos trabalhar no sentido de fazer o acompanhamento da execução das
obras de expansão do nosso Aeroporto Salgado Filho, para que nós tenhamos, no
menor espaço de tempo possível, a implementação da ampliação da pista.
Eu participei, a convite
da Assembleia Legislativa, de um debate no Programa Democracia, onde estavam
presentes também o Deputado Maurício Dziedricki, o presidente da Frente
Nacional de Defesa dos Consumidores, e também o presidente do Conselho Regional
de Engenharia e Agronomia. Fizemos um belo debate lá no Programa Democracia. E,
no dia de amanhã, acontece a segunda reunião técnica do Comitê em Defesa do
Aeroporto Salgado Filho, na sede do Ministério Público, na Praça
Marechal Deodoro, inclusive com a participação do Ministro da Aviação Civil,
Eliseu Padilha. Estaremos lá nessa reunião, a Câmara será representada pelo
Ver. João Carlos Nedel, que já pediu à Mesa Diretora a representação desta
Casa, mas estaremos lá também acompanhando. Gostaríamos que a nossa Frente
Parlamentar pudesse ser instalada o mais rápido possível e que possamos incluir
a Câmara Municipal cada vez mais nesse debate para que não deixemos passar e
também para que não se perca, ao longo do tempo, essa possibilidade de expansão
da pista em 920 metros, alongando a nossa pista que hoje tem 2.280 metros e que
passará a ter 3.200 metros, que é o que preceituam as normas internacionais de
segurança, dando a possibilidade de que o aeroporto receba grandes aviões de
passageiros. Hoje, as nossas ligações internacionais são feitas com aviões de
pequeno porte, isso aumenta o valor da passagem E que também as nossas cargas
possam ser exportadas diretamente através do Aeroporto Salgado Filho, Ver. João
Bosco Vaz. Então, a nossa Frente Parlamentar será instalada o quanto antes.
Peço a colaboração e a assinatura, através da participação de todos os
Vereadores, para que esta Casa possa estar inserida nesse debate que diz muito
para a cidade de Porto Alegre, diz muito para a nossa Capital, e também para o
desenvolvimento continuado de todo o nosso Estado do Rio Grande do Sul.
Para finalizar, eu gostaria de, mais uma vez,
deixar muito claro que, nessa nossa posição, nesse nosso cuidado, nesse nosso
zelo pela expansão da pista do Aeroporto Salgado Filho, não há nenhuma
contrariedade a que se tenha um segundo aeroporto também com capacidade, um
aeroporto moderno que possa vir a suprir as necessidades futuras da população
do Rio Grande do Sul, da população de Porto Alegre, quando efetivamente a
capacidade do nosso Aeroporto Salgado Filho já estiver sobrecarregada. Hoje, há
uma utilização de 54% da capacidade do aeroporto, mas não é em função de falta
de demanda; é justamente em função de que as grandes cargas e os grandes aviões
transcontinentais de passageiros não podem pousar no nosso aeroporto em função
de a pista ser muito curta para receber esses aviões. Muito obrigado. Um grande
abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, venho neste período
de Comunicações, antes de trazer o tema central da minha fala, saudar esta
discussão importante para o futuro econômico do nosso Estado, da nossa Cidade
sobre a expansão do aeroporto. Eu estou entre os que acham que isso é o fruto
de um bom problema. Essas questões dos aeroportos que, durante muito tempo,
alguns diziam que seria uma catástrofe, que o Brasil estava uma catástrofe, no
“caos aéreo”, foi o nome que muitos usaram com suas pretensões políticas,
torcendo por uma catástrofe na Copa do Mundo, o que efetivamente depois se
mostrou totalmente incorreto. O percentual de atrasos na Copa foi de 6% dos
voos, abaixo da média dos Estados Unidos e da Europa. Mas essa questão da
expansão aeroportuária é fruto na verdade, Ver. Engº Comassetto, de um fato
inegável, que é o salto que o Brasil deu, de 2003 a 2014, que nós saltamos de
33 milhões de passageiros/ano para algo em torno de 130 milhões no ano passado.
É um aumento, praticamente, de 200% no número de passageiros. Nós fomos o
segundo país, no ano passado, que mais aumentou o número de voos
internacionais. Esse país não parece na mídia, nosso Presidente Mauro Pinheiro,
esse país de crescimento realmente nunca foi mostrado e não é agora que vai ser
mostrado. E esse país segue se desenvolvendo, e, com certeza, o Governo Federal
vai trazer mais essas boas notícias para a nossa Cidade.
O Ver. Bernardino fez uma fala muito adequada sobre
um tema, e eu gostaria de acrescentar mais uma vantagem à sua lista, aí não
tanto sobre cargas, mas sobre passageiros: o nosso aeroporto é o único
integrado ao Centro da cidade por trem no Brasil. É o único aeroporto em que o
cidadão sai do aeroporto e cai no Centro da cidade pegando trens. Isso é um
salto de mobilidade muito importante para o turismo, para o turismo jovem, para
o turismo de negócio que a nossa Cidade tem, também fruto das obras do nosso
Governo Federal, da nossa Presidenta Dilma.
Eu quero abordar uma preocupação e colocá-la de
forma adequada. É uma preocupação muito grande sobre a primeira ação do Governo
Sartori: que foi cancelar todas as convocações de concurso do Estado. Isso
atingiu – ele deve ter os seus motivos, eu não estou entrando aqui no debate,
que podemos fazer também, sobre questões financeiras, tudo isso é muito
relevante – objetivamente uma área: a segurança pública. Nós tivemos, Ver.ª
Mônica... E não estou dizendo que esses trinta dias são as razões do problema
de segurança, eu não trago de forma hipócrita; o problema é estrutural, é
grave, é complexo, ninguém tem a solução no bolso. Mas a consequência dessa
medida é que 2.600 policiais e bombeiros que já estavam selecionados, que
viriam para as ruas principalmente de Porto Alegre tiveram a sua nomeação
suspensa, e isso nos preocupa. Preocupa-nos, e nós fazemos um apelo para que o
Governo Estadual, para que o Governador Sartori reveja essa sua atitude. São
650 policiais civis, são 1.600 brigadianos e 400 bombeiros que estavam prestes
a ingressar, e temos, com certeza, condições de reverter essa decisão.
A Sra. Mônica
Leal: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Kopittke, faço
questão de dar a minha opinião, de fazer um aparte à sua fala, que é
extremamente importante. Eu comungo o seu sentimento. Em que pese a situação do
Estado ser demasiadamente grave na questão das finanças – todos nós estamos
acompanhando através da imprensa –, acredito que a segurança pública tem que
entrar na excepcionalidade. Nós não podemos de forma alguma apertar o cinto
nessa área, porque já vêm de muitos governos um descaso, um descuido, uma falta
de investimento, uma defasagem principalmente de policiais, de agentes que
fazem a segurança. Se não me falha a memória, nós temos o mesmo efetivo da
época do Governador Jair Soares. Então, quero aqui fazer esse registro, que é
um pedido que estamos fazendo ao Governador Sartori, para que faça da questão
da segurança uma excepcionalidade.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Exatamente. Agradeço o aparte
de Vossa Excelência. Esta é a soma suprapartidária em prol da segurança que nós
vimos aqui trazer para que o Governador revogue o seu primeiro ato, seu
primeiro Decreto, que acabou, por enquanto, tendo esse impacto, de nós perdemos
2.650 policiais, que poderiam estar nas ruas já neste semestre, mas que não
estarão, e todos nós sabemos as consequências disso. Vamos nos somar a esses
esforços, numa mobilização, para que o novo Governador reveja essa sua primeira
atitude no nosso Estado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Paulo Brum assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra em
Comunicações.
O SR. RODRIGO
MARONI: Sr. Presidente, quero fazer uma saudação especial à Ver.ª Jussara Cony,
nossa companheira, que, além de ser uma pessoa com a qual tenho aprendido
diariamente não só no Parlamento, mas na vida, me fez e faz, nesse tempo em que
a conheço, enxergar as coisas de uma maneira muito diferente. Jussara, eu quero
dizer que tu és uma pessoa única, eu te defino
como inacreditável, quem te conhece sabe bem o que eu estou falando, a tua
energia, a tua vida e a tua forma de enxergar o mundo. Então me emociona muito
aquilo que tu falou aqui. Quero fazer uma saudação ao nosso coordenador de
bancada, Márcio Cabral, meu parceiro, que conheço há 15 anos. Ontem estava
comentando, para quem não conhece o Márcio Cabral, quero dizer que ele foi
Presidente da UJS quando a UJS aqui no Estado tinha três, quatro integrantes e
elegeram na época a, hoje, Deputada Manuela; ex-Vereadora, uma das mais votadas
na Cidade. O Márcio é um camarada de uma experiência e de uma capacidade
política única que até hoje se mantém de forma muito humilde, muito serena na
sua forma de agir e na sua forma de pensar política.
Mas o que eu queria
aqui comentar, já comentei ontem aqui, o que vai ser, e vou reincidir nesses
temas porque eu acho necessário. Quero fazer uma saudação – já que estou
tratando desse tema – ao Villela, que tem sido um querido. Eu comentei que eu
tinha a régua dele em 1986, quando eu tinha cinco anos. Eu jamais imaginaria
que estaria tão próximo dele quanto estou hoje. Ele é uma pessoa de uma
gentileza, de uma elegância, de uma generosidade e de uma vida que chama
atenção. Como o Nedel, que é outro senhor que eu respeito muito. Eu citei essas
três pessoas não só por admiração, mas por entender que nessa questão dos
idosos – e essas pessoas são a representação da lucidez dos idosos – as pessoas
chegam à melhor idade com uma lucidez e com uma juventude – a Jussara em
especial – inacreditáveis.
Apesar de ser um tema
que já é tratado, tem Estatuto, ele nunca vai ser vencido totalmente, porque os
idosos seguramente são quem precisam de um olhar de carinho, um olhar de amor
permanente.
Eu estou abrindo aqui
um compromisso de ir de escola em escola. E a Jussara me falou que tem um vídeo
da neta dela sobre isso que dá para passar. Hoje eu estava lendo no Estatuto do
Idoso, de 2003, sobre a indenização moral dos idosos que sofrem consequências da
própria família, agressão – neto que bate muitas vezes para ter droga, filho
que tira a autonomia financeira do idoso; a questão da discriminação contra o
idoso, tiram a possibilidade dele trabalhar. Imaginem se a Jussara, o Villela,
o Nedel não pudessem trabalhar. Além do que, muitas vezes os idosos não têm
auxílio ou acompanhamento por doenças como Alzheimer, coração, demência,
Parkinson, diabetes. Não há uma orientação e não há um acompanhamento da
família. Esse compromisso tem que ter, mas a gente tem que ter uma cultura
construída. Não adianta querer debater só estatuto, lei e regra. Isso no papel
já existe. O fundamental vai ser a gente conseguir construir consciência. E
para construir consciência temos que estar todos empenhados, interferir e
debater, às vezes com tio, com primo, com um familiar, com um vizinho. Não dá
para fechar os olhos para esse tema. Às vezes, num
vizinho, tu sabes que existe uma situação dentro da família, e a gente abre mão
de falar. Não é possível que isso aconteça. Quero ver se, durante este ano
todo, eu vou à escola para tratar desse tema, levar para a juventude a
importância disso. Inevitavelmente, aqueles que tem mais sorte vão chegar nessa
idade, e, seguramente, esse tema, quando se sente na própria pele, muda de
figura. Eu quero estudar mais esse tema, para ver que tipo de intervenção e
como a gente pode fazer parcerias, para dar uma maior amplitude. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra em Comunicações.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente, Ver.
Paulo Brum; na sua pessoa quero cumprimentar os demais Vereadores, o público
que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara, senhoras e senhores. Venho a esta
tribuna inicialmente em nome da nossa Bancada, a do PTB. Eu fiz parte da posse
dos três Vereadores que hoje assumem no lugar dos colegas que se elegeram
Deputados. Faço uma saudação de boas-vindas a ti, Maroni,
especialmente, que está aqui no plenário, aos demais Vereadores que tomaram
posse junto contigo, e dizer que realmente nós vamos ter um período de muito
trabalho. Temos mais dois anos pela frente, e temos certeza de que vocês vão
contribuir sobremaneira aqui na Casa para que nós possamos principalmente fazer
prevalecer os interesses coletivos de Porto Alegre, dos cidadãos
porto-alegrenses e daqueles que mais precisam.
Faço esta primeira
intervenção, porque realmente quero dizer que, assim como outros aqui também,
hoje sou Vereador titular, mas já fui suplente de Vereador. Eu sei o quanto é importante
a gente ter oportunidade, poder assumir o mandato, desempenhar funções e
atribuições nas Comissões, nos temas afins, na política classista, na
sociedade, para aqueles que mais precisam. Tenho certeza de que vocês vêm com
muita vontade e determinação para fazer o melhor e para que juntos nós possamos
estar construindo para uma Porto Alegre cada vez melhor. Então, meus
cumprimentos, vocês foram legitimados pelo voto, estavam aguardando uma
oportunidade. Aqueles que tiveram competência para se elegerem Deputados, agora
abrem um espaço para que vocês possam estar fazendo este trabalho aqui na
Câmara, em prol e benefício da Cidade.
Quero dizer também
que estive acompanhando as manifestações que me antecederam na tribuna, e hoje
me parece que o tema que versou aqui, um tema importante e oportuno, é esta
questão que envolve o Aeroporto Salgado Filho. Parece que se chegou à conclusão
de que a melhor opção para o Rio Grande do Sul, para Porto Alegre, para o
Mercosul, é que se possa manter aqui na capital dos gaúchos, na cidade de Porto
Alegre, um aeroporto, qualificando o que já temos - quem sabe ampliando a
pista, duplicando ou fazendo uma nova pista -, mas usando aquele equipamento.
Eu quero dizer que algumas modificações importantes aconteceram na Cidade tendo
em consideração todo o entorno do aeroporto. Eu acredito que um passo
importante foi a questão que envolve o aeromóvel, que faz um pequeno
deslocamento, mas representa muito, não só para a cidade de Porto Alegre, mas
agora também, porque Trensurb está indo até Novo Hamburgo. Então, imaginem o
que representa para uma pessoa botar sua malinha, pegar o metrô lá em Novo
Hamburgo e sair dentro da estação de passageiros do aeroporto. Há toda essa
logística, essa proximidade do aeroporto com o Centro, hoje o aeroporto de
Porto Alegre está a dez minutos do Centro, está a dez minutos das principais
saídas para a Fronteira Oeste, para a Região Sul, para o Litoral. Então, eu
acho que, estrategicamente, eu não conheço, pelo menos no Brasil – eu já viajei
por quase todos os Estados da Federação e também em oportunidades que estive no
Exterior –, um aeroporto tão próximo e tão bem localizado de um centro da
cidade como é o de Porto Alegre.
Atentamente eu
escutava o Ver. Cassio se manifestando sobre algumas questões técnicas que
ocorreram, sobre desapropriações, outras situações que dizem respeito, e eu me
lembro de que, em outra oportunidade, também respondi ali alguns ofícios da
Infraero, toda uma questão complexa de aves no entorno do aeroporto, questões
que envolviam lixo, remoção de obstáculos naturais, árvores, coqueiros, caixas
d’água, antenas. Então a gente sabe que, realmente, a localização do aeroporto
acaba causando alguns transtornos para a Cidade, mas nós precisamos chegar a um
consenso com os interesses da expansão, com a facilidade e a comodidade que
representam ter um aeroporto no coração da Cidade.
Então quero hoje me
limitar a estas duas manifestações: uma de boas-vindas e também uma sobre a
reflexão a respeito do Aeroporto Salgado Filho. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver.
Delegado Cleiton está com a palavra em Comunicações.
O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, nosso
querido Ver. Paulo Brum, Vice-Presidente desta Casa, atuando como Presidente;
Srs. Vereadores; colegas funcionários desta Casa; senhores e senhoras que nos
assistem e nos ouvem pela TVCâmara, hoje pela manhã fui fazer umas visitas a
alguns bairros da Cidade, como Ipanema, Guarujá, Serraria, Espírito Santo, e
foi unânime o sentimento dos moradores, inclusive me mandando por e-mail, pelas redes sociais, sobre a
falta de segurança naqueles bairros. A falta de Segurança pública nos bairros
Ipanema, Serraria, Guarujá e Espírito Santo. E aí coloco também Ponta Grossa,
no qual eu não fui hoje, mas que teve um problema na semana passada com um
tiroteio, inclusive ferindo alguém que ia passando no momento.
Eu subi aqui, no
período de recesso, em que nós mantínhamos aqui as Reuniões, pelo horário da
manhã, e fiz uma defesa ao comissário Aneli. Fiz uma defesa, naquele momento,
ao Comissário, que era o Chefe da Segurança do Secretário Michels. E fiz essa
defesa, pelo fato de que, recém, no primeiro momento que teria sido instaurado
o inquérito, sem a complementação, sem a investigação completa, o nome desse
policial foi exposto na mídia. E fiz essa defesa em nome dos seus familiares e
da Polícia Civil. Não em nome da instituição Polícia Civil, mas em nome dos
homens que fazem a Polícia Civil, dos homens que se arriscam, dos homens que
trabalham diuturnamente para trazer a segurança à comunidade.
Hoje, sim, houve uma
conclusão do inquérito – que deverá ser encaminhado à Justiça -, em que,
infelizmente, um policial de 33 anos na Polícia Civil, que muito trabalho
prestou às comunidades do Rio Grande do Sul , foi indiciado.
Não tenho procuração
para defendê-lo, nem para defender o Secretário Airton Michels, mas pela forma
que foi colocado aqui, senhores, que a inteligência da polícia falhou, que o
Secretário de Segurança, a comunidade falhou no momento que tinha um policial,
um homem da instituição Polícia Civil, da grande instituição Polícia Civil, da
instituição que tem como lema servir e proteger, da instituição que tem mais de
5 mil policiais que honram a sua carteira, o seu brasão, a sua arma! No momento
em que essas instituições são atingidas, infelizmente, por um indivíduo, o ser
humano erra. E muitas vezes, senhores, nós temos próximo de nós um inimigo, e
não sabemos. Então, essa defesa que estou fazendo aqui, não me procuraram para
fazê-la. Mas o Secretário, no primeiro momento, fez a defesa desse policial,
sim, porque confiava nele. E, depois, num segundo momento, disse que ficou
muito aborrecido com o que viu e o que teve na sua história.
Então, o comissário
Aneli, para quem não o conhece, tem uma ficha policial exemplar. Pecou, pode
até ter pecado por não estar recebendo dignamente, mas nem por isso poderia
pecar. Nem por isso! Ele não era para estar lá naquele momento, aquela não era
a profissão dele, de segurança de traficante. Mas o defendi, aqui, e recebi
críticas, mas o defendi num momento em que não estava complementado o inquérito
policial.
A Sra. Mônica Leal: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Cleiton, eu acredito que o senhor não
estava no plenário, quando eu falei, porque, em momento algum, eu ocupei esta
tribuna para depreciar a instituição Polícia, a qual defendo, e não é de hoje,
mas de longa data, e tenho orgulho de ter tido um pai chefe de polícia e
Secretário de Segurança.
O que eu disse dessa
tribuna é que é inadmissível que um ex-Secretário de Segurança tenha, na sua
segurança, como chefe da sua segurança, alguém que fazia a segurança de um
traficante. E mais, que esse mesmo ex-Secretário tenha declarado que tinha se
sentido traído. Como traído?
O SR. DELEGADO CLEITON: Vereadora, eu tenho
um tempo, eu estava no plenário, como sempre estou. Eu estava, quando a senhora
se manifestou.
E outra, a senhora é
que não estava aqui, a senhora veio correndo do seu gabinete. Eu vou lhe dizer:
eu achei injusto o ato, ideologicamente ou não falando. Não é o meu Partido,
mas eu acho até que pecou em várias situações.
Eu acho até que o que
nós estamos defendendo aqui, o Kopittke, com uma audiência pública, e eu com
uma Moção em favor dos policiais, dos futuros policiais, que o Governo do PT,
aos minutos finais do segundo tempo, assinou, e esses policiais já poderiam
estar aqui, mas no final do mandato assinou um ato, jogando para a galera. Foi
o que fez.
Então, acho injusto
que esses policiais - faltando segurança do jeito que está, estamos com o maior
índice de homicídio, mais do que São Paulo - não estejam atuando.
Acho injusto quando
se fala da inteligência de uma instituição, ou coisa parecida.
Esse é um policial!
Atuou errado? Atuou errado! Mas a Polícia Civil, a Secretaria de Segurança
Pública, hoje, através da sua Corregedoria, que é o órgão que deve apurar
essas questões e o fez; cortou na carne, sim, e esse indivíduo está preso.
Então, não foi por falha de inteligência da instituição, porque a inteligência
da instituição agiu; a Corregedoria que deveria estar atuando, atuou e muito
bem. Não tenho procuração nenhuma para estar defendendo ninguém aqui, mas quem
fez a minha vida, os meus vinte e três anos, quem deu estudo para os meus
filhos foi a instituição Polícia Civil. Atuei e atuo, tenho o maior respeito
por quem passa noites e noites em beira de estrada, por quem arrisca levar um
tiro e não voltar para casa. Essa sim, eu defendo. E continuamos, sim, para
servir e proteger, independente do desvio de qualquer policial, de qualquer
indivíduo, porque se há desvio de comportamento não é mais policial. Obrigado,
senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Prezado Presidente, Vereadores, Vereadoras, em especial ao Ver. Cleiton
que usou esta tribuna e que disse que eu vim correndo. Não! Eu estou sempre
atenta, estava no meu gabinete atendendo uma pessoa e escutando a fala do
Vereador. Então eu vou ser repetitiva, porque se faz necessário e porque um dos
grandes problemas aqui, na minha opinião, é a interpretação do Vereador. Quando
eu ocupei esta tribuna, fui categórica. Como jornalista que sou, tenho o hábito
de anotar o que falo justamente para esse tipo de situação. Eu disse exatamente
que a sociedade gaúcha está amedrontada, acuada, cada vez mais. No momento em
que o povo está clamando por segurança e toda a sociedade está acuada com o
avanço da criminalidade e estupefata - repito -, estupefata, há notícias em todos
os jornais – sobre o quê? De que o Chefe da Segurança do ex-Secretário do
Governo passado, Airton Michels, fazia segurança de um traficante. Ora,
senhores, isso é gravíssimo! Acho que até uma criança de dez anos sabe que isso
é grave. Ninguém aqui está culpando a instituição Polícia Civil, não. Existe, e
eu fui além, eu disse que o Secretário de Segurança, quando foi questionado
pela imprensa, disse que se sentia traído. Ora, não pode uma autoridade dessa
área se sentir traído, quando sabemos que existe um serviço de inteligência
para fazer justamente o que eu li aqui: o Gabinete de Inteligência é assunto
estratégico para o que ele serve, para o que ele faz, a quem ele atende, e me
surpreende que isso tenha ocorrido. Foi isso o que eu falei aqui, mostrei documentos,
lastimei, mas ainda fui além, dizendo o que esperar quando um ex-Secretário de
Segurança tem como Chefe um segurança envolvido no atendimento a um traficante.
Essa foi a minha fala, então que fique claro que eu ocupei esta tribuna para
demonstrar a minha insatisfação, a minha decepção frente às notícias que eu li.
Como jornalista, quero dizer para vocês que as
notícias só acontecem com fatos, e os fatos estão aí, todas as matérias. O Ver.
Delegado Cleiton disse que, dias atrás, ocupou a tribuna para defender, e é um
direito que lhe assiste. Eu tenho, por hábito, aguardar, esperar quando existe
alguma suspeita, e está aí comprovada uma denúncia. É grave? É, é grave! Nós
estamos, em minha opinião, numa situação muito delicada, porque se tivemos o Chefe
de Segurança do ex-Secretário do Estado do Rio Grande do Sul fazendo a
segurança de um traficante e se isso não foi detectado, eu fico preocupada.
Isso, de forma alguma, coloca a Polícia Civil, como instituição, numa situação
menor, pelo contrário. É importantíssimo que nós façamos essa reflexão de que
foi grave o que aconteceu, e precisa ser explicado, resolvido. Quem sabe nós
tenhamos que fazer mais investimentos cada vez maiores – como eu dizia há pouco
no debate com o Ver. Kopittke –, para que essas pessoas tenham mais material
humano, mais condições para apurar essas situações.
Nós vimos, isso aconteceu. Então eu fiz questão de
subir a esta tribuna para que não paire no ar, de forma alguma, que eu tenha
falado contra ou colocado em uma situação delicada a instituição Polícia Civil.
Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Prezado Ver. Paulo Brum, na presidência dos trabalhos; meus colegas
Vereadores e Vereadoras, quero aproveitar, Ver. Paulo Brum, em homenagem a sua
condução dos trabalhos, o senhor que é uma pessoa portadora de deficiência,
para trazer a esta tribuna e a todos os nossos ouvintes que esta Casa, a Câmara
de Vereadores, cumpriu um papel, ainda em 2013, quando constituiu o Plano
Diretor de Acessibilidade. Esse Plano, quando foi apresentado, Vereadores
Alberto Kopittke e Marcelo Sgarbossa, deveria ter um prazo para sua implantação
na cidade de Porto Alegre; esse prazo já venceu e a Cidade continua sem
acessibilidade. Então, nós estamos trazendo esse assunto aqui, porque Porto
Alegre tem uma Secretaria Municipal de Acessibilidade, e todos os Secretários,
quando assumiram o Governo em janeiro de 2013, assinaram um plano de metas, e
100% dos Secretários do Governo Fortunati/Melo não cumpriram os seus planos de
meta no prazo estipulado, pelo menos até hoje, início de fevereiro de 2015 –
entre elas, a acessibilidade. Então, eu quero trazer esse tema aqui, porque uma
das tarefas da nossa bancada do Partido dos Trabalhadores é cobrar do Executivo
Municipal aquilo que prometeu – e não foi uma promessa de campanha, Ver.
Brasinha, foi um plano de metas assinado pelos Secretários, que tem função, que
tem meta e prazo para ser cumprido. E o que disse o Prefeito Fortunati naquele
discurso, quando deu posse aos Secretários? “O Secretário que não cumprir o seu
plano de metas, eu demitirei!” Eu não vi nenhum Secretário demitido até então.
Já que nós estamos falando de plano de metas e da
relação do Executivo com o Legislativo, nós também votamos e aprovamos o novo Código
Municipal de Limpeza Urbana. Todos os jornais – e
a imprensa que aqui está e que me ouve – anunciaram, quando da aprovação do
Código, que os focos de lixo na Cidade iriam acabar. As pessoas seriam multadas
por jogar lixo na rua. E se fez uma divulgação imensa de que a multa resolveria
o problema da falta da limpeza pública em Porto Alegre. Hoje, Porto Alegre tem
mais focos de lixo do que tinha quando aprovamos o Código Municipal de Limpeza
Urbana. Isso também está no Plano de Metas e o nosso Secretário André Carús
continua lá.
Já que estamos falando de Plano de Metas, eu quero trazer aqui, Ver. Brasinha, a nossa querida Empresa Municipal de Transporte Público Carris. Querida, porque é uma empresa histórica de Porto Alegre. A Carris tem decaído. A Carris está sendo sucateada. A Carris tem, hoje, empilhados em cima de cavaletes diversos ônibus que estão sendo vampirizados. O que significa isso? Estão tirando peças de uns para colocar em outros. Mudaram a tecnologia. Hoje, tem uma quantidade imensa de CCs. A Carris fecha o ano no vermelho, e a Carris é uma empresa que, na Administração Popular, ganhou a maior quantidade de prêmios pela sua qualidade no transporte público no Brasil, entre as empresas públicas e privadas. Portanto, Ver. Paulo Brum, a Carris pede socorro. Prefeito, não deixe a Carris morrer! Um grande abraço.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra em Comunicações.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, amigos que estão aqui nas galerias nos visitando, quero
fazer uma saudação ao meu amigo Dailson, que está ali – um abraço! –,
funcionário exemplar do Banrisul. Eu venho aqui, mais uma vez, falar de um
projeto sobre o qual ontem eu falei com o meu Líder, Ver. Cassio “Astrogildo”,
e pedi priorização para que seja votado na semana que vem, pois gostaria de
termos oportunidade de apreciá-lo e votá-lo. Ontem eu estive no estádio de futebol
em São Leopoldo e vi o que acontece ao redor e também lá dentro. As pessoas,
Ver. Alberto Kopittke, entram com bebida escondida para dentro do estádio. Não
é justo, aqui em Porto Alegre, não ser vendida bebida alcoólica na Arena, no
Zequinha e no estádio Beira-Rio. Depois dos jogos de ontem – o Inter empata com
o Zequinha e o Grêmio perde –, claro que as pessoas ficam muito revoltadas, os
torcedores, dirigentes, conselheiros dos seus clubes... E eu tenho este
projeto. Já venho há um longo tempo discutindo, fazendo pesquisa, enfim, sobre
tudo que se relaciona ao projeto.
Então este projeto vai dar oportunidade, novamente,
para que seja vendida cerveja nas arquibancadas, dentro dos estádios de Porto
Alegre, enfim, nos camarotes, antes do espetáculo, no intervalo do espetáculo e
no final do espetáculo. Não pode ser consumida bebida de álcool quando está
acontecendo o espetáculo, com a bola rolando. Eu faço questão de falar, porque
nós temos aqui vários desportistas que gostam, torcedores e ex-atletas como o
Dinho e o Tarciso. O Tarciso já se manifestou favoravelmente a este meu
projeto. Então quero pedir apoio aos meus colegas Vereadores para votarmos este
projeto, porque não é justo estarmos em um estádio e, nos últimos 10 minutos,
todos querem entrar no estádio. Chegam
a carregar dois copos de cerveja na mão e um na boca e querem entrar. Chegam na
frente, tomam tudo e entram mais bêbados do que se estivessem lá dentro. E mais
ainda, dá problema na roleta, na entrada, dá aquele tumulto, dá aquele verdadeiro
desespero para entrar e começa o tumulto. Os caras chegam a vender na rampa de
acesso às arquibancadas! Isso acontece no Brasil todo! Lá em Salvador já está
liberado, em Curitiba também; só falta Porto Alegre. Deu certo na Copa do
Mundo. Será que é um preconceito contra os gaúchos? Os brasileiros não sabem
beber? Eles vieram de fora, fizeram a maior festa aqui na nossa Cidade, foram
muito bem recebidos e não houve problema nenhum.
Então, eu passei um
tempo, deixei amadurecer esse projeto e agora volto a pedir o apoio aos colegas
Vereadores para que me ajudem a aprová-lo. Esse projeto, simplesmente, vai dar
mais oportunidade de o Clube faturar mais e pagar mais imposto, porque muitos
dos que vendem ao lado são clandestinos e não pagam impostos. Então, quero
contar com o apoio dos amigos, colegas, na semana que vem, para o projeto ser
aprovado e dar oportunidade de a bebida ser vendida, porque quem faz arruaça
não pode ficar no estádio, quem gosta de fazer tumulto não pode ir também. Que
diferença tem entre, Ver. Paulinho, um espetáculo de pagode, de show ou um jogo de futebol? Por que pode
no pagode? Por que pode quando tem o Roberto Carlos? Claro que tem seus fãs que
também brigam. Então, está na hora de não sermos hipócritas, porque é uma
verdadeira hipocrisia trabalhar nos estádios e não poder vender bebida
alcoólica. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador)
O SR. ALBERTO KOPITTKE (Requerimento): Sr. Presidente, Ver. Paulo Brum, gostaria de solicitar a transferência
do período de Grande Expediente de hoje para a próxima Sessão.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Alberto Kopittke. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, esta é a minha fala inicial no espaço
de liderança da Bancada do Partido dos Trabalhadores, também ocupando este
espaço na condição de Líder da Bancada, que assumi neste ano de 2015. Confesso
que não falaria; tento utilizar o espaço da tribuna quando me parece mais útil
para a Cidade, mas, depois da fala da Ver.ª Mônica Leal, acabei me sentindo, de
certa forma, instado a usar o tempo da Bancada do Partido dos Trabalhadores.
Com relação ao ex-Secretário de Segurança Airton
Michels, identificado com o Partido dos Trabalhadores, além de eu ter com ele
uma relação pessoal, e os demais Vereadores também tiveram com ele
interlocuções durante o Governo Tarso Genro, percebemos a seriedade e a
competência desse grande homem público. Essa é a uma primeira questão que eu
colocaria. Eu titubeei um pouco em utilizar o espaço aqui, Presidente, porque
entendo que, muitas vezes, ao utilizar o espaço e tentar rebater um tema, dá-se
a ele uma importância que não tem. Nesse caso, é um tema que, da forma como a
Ver.ª Mônica colocou... Infelizmente, ela não está aqui presente, mas deve
estar ouvindo do gabinete, e se quiser voltar ao plenário para debater o tema
estou à disposição.
A Ver.ª Mônica Leal faz uma série de ilações, eu
diria, que é uma expressão muito utilizada nos meus jurídicos. Então, o próprio
Secretário Airton Michels vem a público e diz: “Me senti traído!”. A Ver.ª
Mônica Leal levanta, aqui, o fato de que o serviço de inteligência deveria
inclusive ter investigado, antes e sempre, a vida de um assessor – no caso, era
um segurança pessoal. Que bom que a Ver.ª Mônica Leal volta ao plenário para
retomarmos o debate. Eu perguntaria, primeiramente, se os dirigentes do seu
partido da área de segurança fazem uma investigação, rotineiramente, em seus
seguranças pessoais. Eu não sei o que mais pode fazer um homem público que tem,
como na sua própria inserção, se
distraído. O que mais se exigir dele? Algo que o Secretário Michels colocou – e
isso eu presenciei, e a Ver.ª Lourdes participou comigo de reuniões na
Secretaria de Segurança – é que o segurança, o comissário Aneli, não
participava das reuniões. Ele tinha uma cadeira no lado de fora do gabinete do
Secretário, ele simplesmente acompanhava o Secretário e fazia a segurança.
Eu não consigo entender como a Ver.ª Mônica Leal
facilmente faz uma conexão, como se isso envolvesse as decisões da segurança
pública do Estado. Eu lamento essa forçada indevida. Entendo que a Ver.ª Mônica
tem o viés jornalístico de formação e talvez pelo tema ter sido noticiado de
forma jornalística de forma, a Ver.ª Mônica entendeu que isso tinha uma
relevância e confundiu o que é opinião pública legítima e uma opinião que foi
publicada. Lamentamos o fato. Algo que as esferas de investigação policial e
judiciária ao final esclarecerão, se há uma responsabilização tanto
administrativa como judicial, o que é outra esfera, mas aqui tentar fazer uma
situação não desejada que envolve efetivamente a figura do Secretário de
Segurança que vem a público, não se esconde da discussão, coloca a questão,
coloca que esse segurança não fazia parte inclusive das reuniões da Secretaria
de Segurança, limitava-se tão somente à segurança pessoal do Secretário... Fala
na palavra “traído”, e mesmo assim a Ver.ª Mônica utilizar isso para fins de
conectar a competência, a seriedade do então secretário, ou inclusive as
políticas de segurança, parece-me uma questão lamentável.
Então quero lamentar e afirmar aqui o grande, o
inabalável caráter público da condução da Secretaria de Segurança Pública no
Governo Tarso Genro com o Secretário Airton Michels. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pelo Governo.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Vereador-Presidente, Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste
através da TVCâmara, funcionários desta Casa, especialmente o Ver. Sgarbossa,
vamos pontuar: enquanto eu estava no gabinete, ouvi uma frase que me marcou e
que me fez vir novamente a esta tribuna, em que pese estar me tornando
repetitiva. O Vereador Sgarbossa disse que não gostaria de tocar neste tema,
porque ele daria uma importância que o caso não tem. Ora, senhores! Se não é
importante o Chefe da Segurança do ex-Secretário de Segurança ter feito a
segurança de um traficante, o que é importante neste Estado? Por favor! É
gravíssimo, é importantíssimo! E não sou eu, Ver. Sgarbossa, que resolvi
acordar e fazer esse editorial, mesmo sendo jornalista - mas faria, faria
manchete, inclusive, de primeira página, porque é muito grave. Eu vou ler o que
está no jornal (Lê.): “Corregedoria indicia comissário. A Corregedoria Geral da
Polícia Civil (Cogepol) indiciou o comissário de Polícia Nilson Aneli, 57 anos,
suspeito de fazer segurança para o traficante Gordo Xandy, morto em 4 de
janeiro deste ano, em Tramandaí, no Litoral Norte. O policial estava na casa
alugada pelo traficante quando ocorreu o atentado. O comissário está preso sob
custódia no Grupamento de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, em Porto
Alegre. Aneli foi chefe de segurança do ex-secretário da Segurança Pública
Airton Michels. O inquérito foi concluído nesta semana e entregue ontem na
Justiça Criminal de Tramandaí. No documento, a Delegacia de Feitos Especiais da
Cogepol indiciou Aneli por supostamente integrar organização armada, embaraçar
investigação criminal, além do crime de falsidade ideológica. (...) Em
Tramandaí, uma outra investigação foi aberta pela Deputado da cidade e foi concluída
ontem. Segundo o delegado Paulo Perez, o comissário foi iniciado pelos crimes
de corrupção de menores, porte ilegal de armas e por integrar organização
criminosa. O processo segue nesta quinta-feira para o Foro de Tramandaí (...)”.
Senhores, eu não subi nesta tribuna para fazer
discurso de siglas partidárias, ideologias políticas; eu subi nesta tribuna
representando uma sociedade acuada, com medo da violência que assola o nosso
Estado e que toma conta das ruas da cidade de Porto Alegre, que é uma das mais
violentas nessa questão da segurança. Fiz meu discurso dizendo, exteriorizando,
compartilhando o meu sentimento desta mesma camada que represento, preocupada
que isso tenha acontecido, por que eu não posso admitir, eu não posso conceber
que o ex-Secretário de Segurança tenha tido, como chefe da sua segurança, o
chefe da segurança de um traficante, quando nós sabemos que segurança não se
faz só com policiamento ostensivo, se faz com a equipe de inteligência, e a
Polícia Civil tem isso. Essas foram as minhas palavras. É grave, muito grave,
Ver. Sgarbossa, o senhor me dizer que não gostaria de voltar a este tema porque
daria importância a algo que não tem importância. Está aqui: é gravíssimo, é
muito importante. Era só isso. Mais uma vez peço desculpas aos senhores se me
tornei repetitiva, mas se faz necessário. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos assistem,
eu não voltaria a tocar neste assunto, pois acho que essa pauta já se esgotou,
acho que o fato de um segurança de um Secretário, que tem uma ficha, digo de
novo, professor da Acadepol, vários diplomas de honra ao mérito por
salvamentos, chefe do Grupamento de Operações Especiais da Polícia... Concordo
com a Vereadora, uma pessoa com essa ficha não poderia estar servindo ao crime,
mas discordo no sentido de que quando se quer falar em Segurança pública dizer que esse é o problema da Segurança pública. O aumento e o índice
da falta de segurança no Rio Grande do Sul, Vereadora – desculpe, eu sei que a
senhora é expert nessa área, eu sei
que a senhora é uma das pessoas aqui que mais entende da área de segurança –,
pelo pouco que sei, não se dá por esse o motivo. Não foi esse o motivo que
pautou a gestão de Segurança pública do Estado. E espero que não continue
pautando esse tipo de inversão de ótica. Até porque se nós começarmos a avaliar
que um serviço de inteligência tem que articular investigação em todos os
funcionários, eu acho que não vai ter condições, nós vamos entrar na vida
privada de cada um. E qualquer cidadão que tenha alguma interferência na sua
vida, que tenha que ter uma escuta e uma investigação, ela tem que ser
autorizada pelo Poder Judiciário, porque senão vira a casa da mãe joana. Então,
alguém que tinha essa ficha... Vou dizer de novo: a Polícia agiu corretamente,
a Secretaria agiu corretamente. O caminho é - e não pode ser outro, senhores -
a Corregedoria, o caminho é uma investigação correta, pautada no Direito. Esse
é o caminho. E a Corregedoria provou mais uma vez, cortou na pele, e
investigou. Esse policial está preso no GOE - Grupamento de Operações
Especiais, do qual ele foi comandante no passado e em outras épocas. E o GOE
sempre trabalhou muito bem. Todas as vezes que eu precisei do GOE nas minhas
operações ele foi magnífico cumprindo o seu dever. O policial está preso. Mas
esse não é o culpado pelo aumento da criminalidade. Vou dizer de novo, senhores:
a culpa é da falta de investimento em alguns setores públicos; culpado é quem
não investe em educação; culpado é quem olha
de lado para a periferia e acha que quem está lá tem que ficar lá e que, quando
a polícia passa, não é para trazer aquele clima de segurança, pelo contrário.
Então, essa falta de investimento, essa sim é culpada por esse alto índice de
criminalidade. E digo mais: enquanto não botarem na cabeça que tem que existir
uma estratégia de Estado e que toda estratégia tem que ter uma continuidade de
Governo – entra Governo, sai Governo, “isso não interessa”, “isso é ruim”,
mesmo que tenha sido uma grande estratégia ou não, “isso não me serve porque
foi feito pelo Partido “x” –, enquanto nós trouxermos dessa forma ideológica,
“o cara era o segurança do Secretário de Segurança, acabou, não teve nada de
positivo”, se continuar assim, senhores, esses policiais que nós estamos
contando que assumam, pois existe uma necessidade – e infelizmente o atual
Governo também não está vendo que existe a necessidade desses policiais nas
ruas –, nós vamos continuar com essa insegurança. E não vai ser por um
indivíduo que macula a sua instituição que nós não vamos ter segurança plena.
Nós temos que investir em segurança, nós temos que pensar em segurança. Nós
temos que deixar essa historinha de sentar num gabinete e fazer teorias de
segurança; nós temos que investir em segurança e em quem entende de segurança.
E temos que dar continuidade aos projetos bons e acabar com os projetos que não
deram em nada. Isso sim é segurança. Por isso que eu vim falar que a
Corregedoria fez o seu trabalho e o Comissário está preso. Possivelmente amanhã
ou depois, por decisão do Poder Judiciário, ele vai para a rua, e vai continuar
existindo policiais com desvios, médicos com desvios – nós vimos agora médicos
vendendo próteses, jornalistas com desvios promotores e juizes com desvios. E
nada disso vai atenuar o problema da Segurança pública. O que vai atenuar são
investimentos em Segurança pública, em educação, e na área de habitação. Isso
sim é falar em Segurança pública e fazer Segurança pública. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, estivemos hoje à
tarde na abertura da 53ª Legislatura da Assembleia Legislativa representando a
central, a qual presidimos, na Tribuna Popular, e muito nos honrou, sendo a
primeira entidade a abrir essa Legislatura na Assembleia Legislativa.
Viemos aqui, nesta tarde de hoje, fazer um alerta à
população de Porto Alegre, dizer que os rodoviários de Porto Alegre já fecharam
o seu acordo, a sua convenção coletiva. Noticiei isso aqui na tarde de ontem,
no meu tempo de Liderança, e hoje, nos jornais, a população vê que os vampiros,
os sanguessugas, os exploradores do povo de Porto Alegre, a ATP, se negaram a
participar dos dois editais que a Prefeitura botou a mando do Ministério
Público, porque não devem satisfação a ninguém, descumprem lei, fazem o que
querem, botam ônibus à hora que querem, fazem o horário que querem. Eles acham
que Porto Alegre tira férias, tem horário reduzido, agora eles querem uma
tarifa de R$ 3,50 – os ordinários! São ordinários, larápios, e podem me
processar. Se ordinário dá processo, me processem; se larápio dá processo, me
processem. São larápios mesmo, estão roubando do povo! Quem está aplicando no
sistema financeiro, o Soros da vida, eu proponho que venha a Porto Alegre para
comprar essas empresas de ônibus aí, porque a inflação acumulada, o INPC, os
acordos que os rodoviários fecharam, com aumentos e tudo, deu 72,4% nos últimos
dez anos. E o ganho dos larápios, o ganho das pessoas que fazem mal à população
de Porto Alegre, botando as mulheres nos ônibus lotados para serem “coxeadas”.
Colocam as pessoas nos ônibus sem ar-condicionado – estamos pedindo para o
Prefeito sancionar o projeto de lei
do Ver. Paulinho Motorista, que estabelece ar-condicionado nos ônibus. Ganharam
90,52%! Isso é grana para caramba! Eles querem um reajuste de 18%, Delegado
Cleiton! Eles deram 8% para os rodoviários! Eles disseram que o pneu subiu! Mas
vão comprar pneu no Uruguai, no Paraguai, pô! Pneu subiu pra mim! Agora eles
vêm me dizer que isso é um consórcio, que fazem chantagem com a Prefeitura, que
fazem chantagem com a população de Porto Alegre! Que eles não fazem chantagem
com a Pirelli, com a Goodyear, seja quem for que vende pneu, que eles não vão
lá e compram sei lá quantos mil pneus a preço de custo, que não fazem chantagem
na hora de comprar o diesel, na hora de comprar as peças! Aí vêm dizer que tem
que subir a passagem para R$ 3,50! Devolve, gente! Se não dá dinheiro, devolve!
Se eu monto um boteco lá e não dá dinheiro, eu vendo! Se eu compro uma mesa de snooker e as fichinhas não caem, eu vendo! Se eu compro um produto, e o
negócio não vende, se eu compro um perfume de uma rede e eu não consigo vender
para os meus amigos, para as minhas amigas, eu devolvo tudo e não vendo mais!
Então, se os
ônibus de Porto Alegre não dão dinheiro, devolvam para a Prefeitura! E o
Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, está de parabéns quando diz que vai
acabar com essa máfia, com esse consórcio, que vai fazer a licitação por linha.
A população não vai aceitar esse aumento de transporte, assim como não vai
aceitar o aumento da luz, assim como não vai aceitar os aumentos que estão
vindo aí, de luz, de gás, da água, os aumentos que estão vindo para cima do
povo.
E agora o aumento do transporte é um absurdo em
Porto Alegre, uma vergonha, e esta Casa tem que discutir isso. Eu sei que tem
aqui defensores de que o sistema de transporte é bom. Foi bom. O sistema de
transporte de Porto Alegre é uma vergonha. O sistema de transporte de Porto
Alegre é mandado por duas ou três famílias que escravizam os trabalhadores numa
linha puxa-puxa. Nós não vamos admitir isso, vamos travar trincheira nesta Casa
para que isso melhore! Com força, fé e esperança, nós vamos melhorar o
transporte de Porto Alegre e lutar para que essa passagem não se transforme
nesse absurdo! Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Sr. Presidente, quero saudar aqui o assunto trazido pelo Ver. Janta.
Realmente é assunto de interesse dos trabalhadores e das trabalhadoras, da
juventude nesta Cidade, que é a passagem de ônibus. Nós estamos, agora,
possivelmente, assistindo, a partir de segunda-feira, a mais um aumento abusivo
de uma organização econômica chamada ATP, onde não ninguém consegue mexer! São
heranças que o País inteiro tem no sistema de ônibus, em que nenhuma cidade foi
licitada nas últimas décadas, exatamente, porque se incrustou um sistema
econômico de empresas monopolizadas. E não adianta ter Tribunal de Contas
mandando licitar, não adianta ter Tribunal de Justiça mandando licitar, não se
consegue! O Prefeito abriu, eles fecham o mercado oligopólico, ninguém entra,
fica como está. E por isso, só tem um caminho, o Prefeito só tem um caminho
sobre esse assunto, muito simples, se as empresas de ônibus não querem, e o
Município quer reformar o sistema de transporte público, tem que ser através da
Carris! A Carris, que foi reestruturada nas gestões do Partido dos
Trabalhadores, considerada a melhor empresa de transporte público do Brasil,
que colocou um patamar de qualidade para o transporte da Cidade. É a Carris que
tem que ser retomada, que perdeu várias linhas para esses monopólios privados.
E a proposta que nós defendemos é muito simples: que a Carris volte a pegar as
linhas em que as empresas não querem disputar a licitação; que o Prefeito
coloque em licitação determinada linha, já que não está conseguindo fazer por
bacia aquelas grandes regiões da Cidade. Ninguém disputou? A Carris pega! E
vamos ver se os empresários não vão vir disputar! Vamos ver mesmo se o sistema
de ônibus é tão deficitário a ponto de ninguém querer largar o osso! É claro
que não é! Para onde foram os milhões de recursos de dinheiro das isenções que
a Presidenta Dilma deu em 2012? Não vieram para a redução da passagem! Aliás, o
Prefeito José Fortunati tentou subir, no ano passado na calada da noite, e, por
intervenção de um partido político de oposição, esse aumento foi revogado. E nós
temos tentado votar, aqui, a reestruturação do Comtu, o Ver. Janta tem uma
proposta, a Bancada do PT tem outra, nós queremos que a juventude que foi para
a rua esteja lá, os trabalhadores, os usuários, que ocupem o Comtu – Conselho Municipal de Transporte
Urbano. Que seja até uma eleição de forma direta, de tão importante que é. A
sociedade tem o direito de discutir o transporte público. E nós defendemos
essas propostas, como o retorno da bilhetagem, que hoje também está na mão da
ATP. Quem conta quantos passageiros andam nos ônibus de Porto Alegre e informa
a EPTC, para o percentual de isenções, é o dono do galinheiro, é a própria ATP
que cuida da bilhetagem. A EPTC não tem nenhum mecanismo de fiscalização para
contar o número de passageiros e de isenções dadas. Esse é o nível de
privatização desse sistema de transporte. E nós vamos assistir a mais um
aumento, segunda-feira, sem que a Prefeitura Municipal tenha feito, de
concreto, nenhuma medida. Tentou abrir a licitação, deu deserta; tentou de
novo, mas quebrar o monopólio, botar a Carris nas linhas em que as empresas não
querem, e assumir... Aliás, creio que nós estamos falando de uma questão de
responsabilidade administrativa, Ver. Janta, porque se trata de uma decisão do
Tribunal de Contas do Estado que a Prefeitura Municipal assumisse, em 90 dias,
a bilhetagem eletrônica. E, até agora, nós não vimos nada.
Então, nos preocupa seriamente, pois quem pagará a
conta será a juventude de Porto Alegre, os trabalhadores e as trabalhadoras. E
nós achamos que esse não é o caminho. Quem tem que pagar a conta é quem não
larga o osso do monopólio do transporte das empresas de ônibus de Porto Alegre
e de todo o Brasil. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2483/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 029/14, de autoria do Ver. Paulinho Motorista,
que inclui § 6º no art. 15 na Lei Complementar nº 170, de 31 de dezembro de
1987 – que revoga a Lei Complementar nº 32 de 07/01/77, estabelece normas para
instalações hidrossanitárias e serviços públicos de abastecimento de água e
esgotamento sanitário prestados pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos e
dá outras providências –, e alterações posteriores, proibindo interrupção do
abastecimento de água nos casos que especifica.
PROC.
Nº 2495/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 229/14, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa,
que altera a ementa e os arts. 1º, 3º e 4º e inclui parágrafo único no art. 1º
e als. c e d no inc. III do caput do
art. 2º, todos da Lei nº 11.509, de 29 de novembro de 2013, alterando para
Porto Alegre Saudável a denominação da política instituída por essa Lei e dando
outras providências.
PROC.
Nº 2735/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 248/14, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa,
que institui o Programa Vou de Bike e o Selo Empresa Amiga da Bike e dá outras
providências.
PROC.
Nº 2741/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 038/14, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede a Comenda
Porto do Sol ao radialista Odir Ferreira dos Santos.
PROC.
Nº 2791/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 253/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Dora Schardong o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua Sete Mil Cento e Noventa e Um, localizado no Bairro Restinga.
PROC.
Nº 2811/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 257/14, de autoria do Ver. Professor Garcia, que
inclui a efeméride Procissão de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa
no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas
Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre –, e alterações
posteriores, no quarto domingo de novembro.
PROC.
Nº 2398/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 028/14, de autoria da Verª Fernanda Melchionna e
do Ver. Pedro Ruas, que altera o § 3º do art. 152 da Lei Complementar nº 133,
de 31 de dezembro de 1985 – Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de
Porto Alegre –, e alterações posteriores, ampliando o período de
licença-paternidade para 30 (trinta) dias consecutivos, contados da data de
nascimento do filho.
PROC.
Nº 2746/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 251/14, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre, in memoriam, ao ex-jogador de futebol Fernando Lúcio da Costa.
PROC.
Nº 2964/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 042/14, que inclui o § 3º, no art. 34 e altera
os artigos 43 e 43-A, da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988; altera os
artigos 32 e 34 da Lei nº 6.151, de 13 de julho de 1988; o art. 32 da Lei nº
8.986, de 02 de outubro de 2002; o art. 44 da Lei nº 6.203, de 03 de outubro de
1988; o art. 43 da Lei nº 6. 253, de 11 de novembro de 1988; o art. 45 da Lei
nº 6.310, de 28 de dezembro de 1988; e institui parcelas de equivalência
individuais e dá outras providências.
PROC.
Nº 2965/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 016/14, que altera os arts. 109, 125, caput; revoga o parágrafo único e altera
o caput do art. 131; inclui o art.
127-A, todos da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985, que
estabelece sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Porto
Alegre, e dá outras providências. (efeito cascata)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Não há inscritos para discutir a Pauta, encerrado
o período de Pauta.
Estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h32min.)
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